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Há séculos que as brincadeiras fazem parte do processo de desenvolvimento infantil, incentivando a curiosidade e o crescimento saudável. No entanto, ainda não é possível encontrar brincadeiras inclusivas em todos os espaços que oferecem atividades recreativas, como centros culturais, escolas infantis e até mesmo em casa.

De acordo com dados do IBGE de 2020, três a cada duzentas crianças no Brasil nascem com surdez, e esse número se divide entre tipos como surdez parcial e surdez total. Mesmo com o uso de aparelhos auditivos e processos de educação adaptados para a linguagem surda, a forma de brincar dessas crianças ainda merece plena atenção.

Isso porque a audição é um dos sentidos mais importantes no desenvolvimento infantil, e ter acesso a brincadeiras que estimulem os demais sentidos é essencial para que essa criança cresça de forma saudável e com autonomia no futuro.

A seguir, neste conteúdo do portal Nice Content News, você conhece algumas brincadeiras que podem ser incluídas na rotina de atividades de crianças surdas, e inclusive ensinadas para crianças sem deficiência, de forma que elas criem o hábito de adequar outras crianças com essa condição.

O que este artigo aborda:

Criança desenhando em um papel
Criança desenhando em um papel
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Como as crianças surdas brincam?

Existem diversos estudos realizados principalmente a partir dos anos 2000 que investigam as particularidades no ato de brincar das crianças com diferentes níveis de surdez. O que se observa de forma geral é que, ao desenvolver uma linguagem (no caso a de sinais), essas crianças adaptam sua comunicação com o mundo externo pelo corpo.

Dentro dessas pesquisas, grupos de crianças surdas foram acompanhados por profissionais como pedagogos, fonoaudiólogos e pelos pesquisadores, a fim de formar um panorama do processo de aprendizagem desses indivíduos.

Algumas brincadeiras se destacam como preferidas ou mais incentivadas de serem praticadas por crianças surdas, como, por exemplo:

  • Brinquedos pedagógicos (peças de encaixe, quebra-cabeças);
  • Pular corda;
  • Telefonar;
  • Desenho no chão ou mesa;
  • Pega-pega.

Se tomarmos como exemplo a brincadeira de telefonar, o processo cognitivo das crianças é totalmente estimulado, o que contribui para uma maior autonomia desde cedo na maneira de se comunicar de diferentes formas dentro dos contextos sociais.

4 brincadeiras essenciais para crianças surdas

Embora cada criança surda receba um modelo de educação conforme os padrões dos pais, acompanhamento de especialistas e tipo de escola adaptada ou não, alguns grupos de brincadeiras se mostram presentes na maioria dos casos, graças aos seus benefícios.

Pistas de motricidade

As pistas de motricidade nada mais são do que caminhos organizados no chão, seja por peças montáveis como escadas, rampas e escaláveis, seja por desenhos de giz ou composições de placas de EVA. 

O objetivo deste tipo de brincadeira para crianças surdas é estimular os demais sentidos do corpo, exigindo respostas imediatas do corpo em relação ao espaço externo. Ajuda no equilíbrio, percepção tátil e concentração.

Atividades com bola

As atividades com bola para crianças surdas são sim seguras e muito indicadas. Especialmente para crianças acima de 6 anos, os jogos com bola estimulam a percepção de espaço, vibração e resposta de movimentos. Em alguns centros educativos e escolas especializadas, esportes como tênis, polo aquático e pingue-pongue são utilizados na rotina de atividades.

Pular corda

Uma brincadeira clássica e acessível para qualquer grupo social, pular corda oferece inúmeros benefícios para crianças surdas. 

Eles vão desde o desenvolvimento do equilíbrio corporal  até controle de velocidade dos movimentos, senso de direção, identificação de níveis de vibração e desenvolvimento da linguagem, como, por exemplo demonstrar cansaço, sede ou motivação usando língua de sinais, ou expressões corporais.

Quebra-cabeças

Outro tipo de brincadeira clássica, o quebra-cabeças pode ser considerado mais um jogo do que uma brincadeira. No entanto, para crianças surdas, a sua montagem é uma das formas mais fáceis de estimular a concentração e os demais sentidos como tato, visão e fala, no caso de crianças surdas que verbalizam.

Ao se concentrar na montagem da imagem, a criança também exercita sua atenção ao seu redor, reagindo de forma mais rápida à presença de outras pessoas, vibrações no ambiente e ambientação espacial.

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